
Considerado o maior humorista do país, Chico diz ter sido muito ruim ter caído no ostracismo, a partir de 2002, e confessa ter “investigado” qual diretor da Globo tinha sido responsável por sua situação. “Foi muito ruim. De 1957, quando entrei na televisão, até 2002, quando extinguiram meus programas, sempre fui líder de audiência. Não sabia o que tinha feito de errado. Passei dias pensando em todos os diretores da Globo, um por um, para tentar chegar a quem teria me boicotado.”
E completa: “Também pensei que os irmãos Marinho não gostavam de mim. Se o pai deles (Roberto Marinho, fundado da Rede Globo) estivesse vivo, eu não teria saído do ar”.
A expectativa de Chico era de que a emissora lhe daria um cargo de supervisor, mas isso não aconteceu. Outra decepção é com relação ao humor transmitido pelo canal, no formato de temporadas com poucos episódios. “Quero ver criarem fenômenos duradouros, capazes de lançar bordões que se repitam nas ruas, como faço”, alfineta.
Mas as críticas do humorista não se restringem ao trabalho. A família também é alvo! “Família é problema. Essa é a dolorosa verdade. As pessoas esperam, no mínimo solidariedade da família. E ela não te dá isso, só cobra.” Dos nove filhos que tem, ele diz ter contato com apenas cinco. Com os outros quatro, nem fala.
E apesar de Bruno Mazzeo ser hoje a maior revelação do humor brasileiro, o seu orgulho é Rodrigo, de 19 anos, que mora com Zélia. “Ele é um gênio disputado pelas universidades americanas, além de ser cestinha no basquete e excelente no xadrez. O menino é uma fera”, orgulha-se.
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