Está difícil a situação no rádio das
grandes cidades. São Paulo, por exemplo. Na sexta-feira, a Record
demitiu cerca de 200 funcionários da sua AM. Profissionais conhecidos,
como Paulo Barbosa, Juarez Soares, Paulo Roberto Martins, Leão Lobo, Gil
Gomes, Cássio Lima Rosa, Cacá Siqueira e Débora Santilli estão entre
muitos que perderam o emprego.
Não se trata de um discurso
corporativista, mas uma triste constatação: hoje, para trabalhar em
rádio, é preciso ser padre ou pastor. Radialista ou jornalista não serve
mais. Problemas de recepção à parte, os investimentos comerciais
diminuíram na mesma ordem em que as programações vieram a ser ocupadas
por pessoas das mais diferentes crenças e religiões.
Na AM, dos prefixos conhecidos da
capital de São Paulo, sobraram apenas a Jovem Pan, Bandeirantes, Globo,
CBN e outras poucas. O FM, lamentavelmente, se percebe, não vai para
caminho diferente.
É muito triste. Depois alguns ficam meio
assim quando alguém resolve tomar o caminho inverso, e ele mesmo
“demite” a emissora – rádio ou TV – em que trabalha, como foi o caso do
Datena recentemente na Record. Os direitos são iguais e nada mais pode
nos surpreender.
Essas informações são do jornalista Flavio Ricco
0 comentários